Anestesia é ausência total da dor e de outras sensações. A anestesia pode ser GERAL, ou
seja, para o corpo todo, ou REGIONAL, isto é, quando apenas uma parte do corpo é anestesiada.
Em determinados procedimentos também podem ser realizados com uma modalidade mais leve
de anestesia geral, chamada de SEDAÇÃO, onde o paciente fica em um estado menos profundo
do que na primeira, entretanto permanece dormindo e normalmente não lembra do procedimento.
Na anestesia geral, o paciente dorme durante todo o procedimento, já na anestesia regional, o
paciente pode dormir ou não.

Todas as pessoas tem medo do desconhecido. É como viajar de avião. Quem nunca fez,
provavelmente terá medo. Outros, mesmo viajando sempre, também se preocupam. Mas milhares
de vôos são realizados, no mundo todo, na mais absoluta segurança. A mesma coisa acontece na
anestesia: há medo do desconhecido e muitas divulgações alarmistas de raríssimos acidentes.
Como nas viagens de avião, diariamente anestesiologistas qualificados realizam centenas de
milhares de anestesias com segurança, no mundo inteiro.

Anestesia Geral: O paciente fica totalmente inconsciente e sem percepção, tem todas as
funções controladas pelo anestesista.
Sedação: É a técnica anestésica na qual o anestesista injeta um sedativo que altera a
consciência do paciente. Essa alteração pode ser sonolência profunda ou apenas causar uma
sensação de bem estar e tranquilidade mantendo o paciente acordado.
Anestesia Regional: Nessa anestesia, o anestésico é injetado próximo aos nervos, essa
técnica pode ser associada ou não à sedação. As anestesia regionais mais conhecidas são:
Raquianestesia, Peridural, oftálmica e Local.
Raquianestesia: É a anestesia regional mais comumente usada, sendo a técnica de
escolha (exceto excessões e contraindicações) para vários tipos de cirurgias, como cesáreas,
varizes de membros inferiores, hernioplastias inguinais e umbilicas entre outras. É realizada
através de uma punção na coluna lombar (com uma agulha extremamente fina e pouco dolorosa).
O paciente perde o sentido dos membros inferiores, de forma completamente temporária e
reversível, fazendo com que não haja nenhum tipo de dor durante o procedimento e promovendo
uma importante analgesia após o mesmo, mesmo quando o sentido dos membros inferiores
retorna.

Sim, como todos os procedimentos médicos invasivos. Porém, o risco anestésico tem
diminuído drasticamente nos últimos anos, graças ao bom preparo do paciente antes da
anestesia, à melhor qualidade dos anestésicos e aos equipamentos modernos e sofisticados
utilizados atualmente. É possível afirmar que o ato anestésico moderno é muito seguro. Os riscos
serão explicados pelo médico anestesiologista antes de qualquer procedimento, e cabe ao
paciente ou familiar responsável decidir se quer ou não que tal procedimento seja realizado.
Exceto em emergências médicas, onde essa responsabilidade é repassada ao próprio médico.

Atualmente, com as medicações mais modernas, consegue-se diminuir em muito a
ocorrência de efeitos indesejáveis, porém, alguns pacientes podem apresentar náuseas, um
pouco de dor no local da cirurgia, cefaléia (dor de cabeça). Em casos mais raros podem ocorrer
complicações mais sérias, nesses casos, o anestesista prestará todo o atendimento e, se
necessário, encaminhará o paciente para UTI (Unidade de terapia intensiva). Geralmente,
complicações mais sérias estão relacionadas com a condição prévia do paciente.

Após a anestesia, ele é encaminhado para a Sala de Recuperação, onde ficará até
recuperar completamente a consciência, ter seus sinais vitais estáveis e eventual dor ou outro
sintoma controlados. Nessa sala, há monitorização continua dos sinais vitais e das condições do
paciente, por profissionais treinados para isso (Médicos, enfermeiros e técnicos). Após, o paciente
é levado para o quarto até ter sua alta hospitalar.